segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não é propriamente detestar o Natal...

... é mais o facto de ter atingido, com o passar dos anos, um tal estado de desconexão emocional daqueles que em teoria deveriam estar mais próximos, que me faz sentir que se aproxima um dia em que farei, por algumas horas, parte daquela franja de pessoas que estão isoladas do mundo.


Não é, portanto, um não-gostar da moda que se baseia em rigorosamente nada. Há por aqui qualquer coisa.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eu ainda sou do tempo...

... em que as prendas de Natal encerravam em si o conceito de conseguir surpreender alguém de quem gostávamos e não a mera escolha e consequente compra de algo listado num blog ou no facebook.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ainda os Santos

O meu caro Santo António fez-me recuperar um prazer há muito esquecido.
Reencontrei conversas e formas de conversar que tinham ficado esquecidas no passado e que são, sem dúvida alguma, um dos maiores prazeres que posso experimentar.
Nem tudo o que é bom se tem que fazer com a pila.
Nessa noite apercebi-me porque deixei de fazer longa madrugadas fora de casa. Nada disto tem a ver com a idade e tudo com a oportunidade.

sábado, 29 de maio de 2010

Jornalismo de excelência

Há minutos, em directo, uma jornalista da SIC entrevistava um responsável da CGTP na manifestação em Lisboa.
Perguntou-lhe se acha que o governo tem neste momento alguma alternativa ao aumento de impostos. Tive uma erecção. Pareceu-me que a jornalista ia perseguir uma linha coerente e ia deitar o homem ao chão.
O entrevistado, no meio de muito blábláblá, diz que se o governo não tem tomado algumas medidas no passado não chegaríamos ao estado em que estamos.

Estremeço de emoção. Espero que a jornalista lance a mais que lógica pergunta. Anseio pela questão "mas estando nós nesta posição, acha que há alguma alternativa que não passe pelo aumento de impostos?". Fico de pila murcha quando a jornalista termina por ali, falhando o propósito que havia ensaiado anteriormente: atacar a goela daquele gajo. Não lhe pergunta mais nada e passa ao seguinte.

Entrevistado seguinte: um velhote que emocionado dizia que estava ali pelos jovens, porque iriam passar mais dificuldades que aquelas que ele passou no tempo do Salazar.
Pergunta da jornalista - De onde vem?
Resposta do velhote - Sacavém.
Pergunta da jornalista - Sempre morou lá?
Resposta do velhote - Sim.

E acaba aqui. Foi com esta maravilhosa pergunta que ela acabou a intervenção promissora de um manifestante emocionado e com algumas coisas interessantes para dizer.

Escória do jornalismo mundial veio parar a Portugal.

sábado, 1 de maio de 2010

País das cunhas?

Já andava para escrever este há algum tempo. Cá vai água:

Estou farto de ouvir o cabrão do tuga, essa entidade que devia ser colocada em campos de concentração, estar constantemente a culpar os políticos por tudo e por nada e a dar como solução para todos os problemas 3 medidas dignas de um símio:

- Eu baixava os impostos e toda a gente passava a pagar
- Eu aumentava os salários
- Eu aumentava as reformas

Sugiro que se dê o poder legislativo, por um dia, a alguma destas pessoas, a título pedagógico.
Quando o país estiver à beira do colapso fruto destas medidas de génio e do facto de que o tuga não ia de todo começar a pagar impostos assim do nada, o governante experimental seria abatido de imediato, sem direito a defesa nem julgamento.
Em poucos dias teríamos o povo mais consciente de que um país não se gere como uma sociedade de totoloto ou um orçamento familiar. Acabávamos de vez com as opiniões de merda.

Não estou com isto a querer dizer que não temos uma classe política de merda. Quero antes dizer que temos cidadãos de merda e que estão espalhados por todas as classes sociais e profissionais.

A corrupção é um exclusivo de quem tem poder e não dos políticos. Dêem a um "inocente" cidadão comum o poder para tomar decisões com dinheiros do estado e com facilidade o anteriormente critico passará a membro honorário da classe dos pilhantes.

Quantos funcionários públicos não levam dos seus trabalhos resmas de papel, quilos em fotocopias ou até mesmo tinteiros para vender ou para consumo pessoal? Conheço bastantes. Lembram-se de algum nome suave que se possa dar a este "complemento de vencimento"?
Em tempos também eu beneficiei de uma forma light de roubo ao contribuinte mas, depois de adulto, recusei-me a alimentar a situação.

E o que dizer dos medíocres que andam pelos cantos a dizer que só se arranja trabalho em condições com cunhas? Há casos em que isso pode encerrar em si alguma verdade mas, na ESMAGADORA maioria das vezes, esta é uma desculpa de incompetentes.

Estou farto desta gente que chuta sempre a solução e a origem dos problemas para cima.

Cobardes, preguiçosos e comodistas. É isto que nós somos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Irritação (ir)racional?

Sendo um cabrão irritantemente racional, ocorre-me por várias vezes se terei um pingo de razão em relação a muitas coisas que defeco nos blogues e, consequentemente, em relação a muitas atitudes que tomo na minha vidinha (começo a tomar consciência de que sou na vida real o mesmo que sou dentro deste espaço anónimo e também de que tenho cada vez menos filtros).

A haver um medidor de emoções o mesmo certamente teria o ponteiro predominantemente na zona da "irritação".
Alguém tem alguma teoria de onde é que isto vem e como se cura? Têm teorias? Gostava de as ler. Será algo normal numa pessoa extremamente analítica ou apenas um sintoma de um problema de socialização?

Outro sinal de que algo poderá não estar lá muito bem surge quando alguém me diz que sou cobarde. Isoladamente, isto não teria qualquer significado mas, quando é segunda vez que o ouço num curto espaço de tempo e em relação ao mesmo assunto, há que pensar um pouco.
Farão estes dados estatísticos parte do erro padrão ou terão sido estas as únicas pessoas com coragem para dizer o que realmente pensam?
Estas opiniões são válidas e tenho que pensar no que ando a fazer da vidinha ou são fruto do julgamento externo que não percebe quais as razões que fundamentam a atitude do animal que vos escreve?

Tenho a certeza de que alguma coisa tem que estar mal. Ou são as pessoas que me rodeiam que são irritantes ou sou eu que tenho que abraçar uma nova filosofia de vida, quiçá, dedicar-me a Deus (NÃO SEM QUE ELE PROVE A SUA EXISTÊNCIA CRIANDO-ME UM VULCÃO NA NUCA).

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Tudo aquilo que eu sempre quis expressar


Será que agora as mulheres podem parar com essa merda da vitimização, da atribuição das culpas a um único género?
Não há inocentes neste mundo.