Jornalismo de excelência
Há minutos, em directo, uma jornalista da SIC entrevistava um responsável da CGTP na manifestação em Lisboa.
Perguntou-lhe se acha que o governo tem neste momento alguma alternativa ao aumento de impostos. Tive uma erecção. Pareceu-me que a jornalista ia perseguir uma linha coerente e ia deitar o homem ao chão.
O entrevistado, no meio de muito blábláblá, diz que se o governo não tem tomado algumas medidas no passado não chegaríamos ao estado em que estamos.
Estremeço de emoção. Espero que a jornalista lance a mais que lógica pergunta. Anseio pela questão "mas estando nós nesta posição, acha que há alguma alternativa que não passe pelo aumento de impostos?". Fico de pila murcha quando a jornalista termina por ali, falhando o propósito que havia ensaiado anteriormente: atacar a goela daquele gajo. Não lhe pergunta mais nada e passa ao seguinte.
Entrevistado seguinte: um velhote que emocionado dizia que estava ali pelos jovens, porque iriam passar mais dificuldades que aquelas que ele passou no tempo do Salazar.
Pergunta da jornalista - De onde vem?
Resposta do velhote - Sacavém.
Pergunta da jornalista - Sempre morou lá?
Resposta do velhote - Sim.
E acaba aqui. Foi com esta maravilhosa pergunta que ela acabou a intervenção promissora de um manifestante emocionado e com algumas coisas interessantes para dizer.
Escória do jornalismo mundial veio parar a Portugal.
Perguntou-lhe se acha que o governo tem neste momento alguma alternativa ao aumento de impostos. Tive uma erecção. Pareceu-me que a jornalista ia perseguir uma linha coerente e ia deitar o homem ao chão.
O entrevistado, no meio de muito blábláblá, diz que se o governo não tem tomado algumas medidas no passado não chegaríamos ao estado em que estamos.
Estremeço de emoção. Espero que a jornalista lance a mais que lógica pergunta. Anseio pela questão "mas estando nós nesta posição, acha que há alguma alternativa que não passe pelo aumento de impostos?". Fico de pila murcha quando a jornalista termina por ali, falhando o propósito que havia ensaiado anteriormente: atacar a goela daquele gajo. Não lhe pergunta mais nada e passa ao seguinte.
Entrevistado seguinte: um velhote que emocionado dizia que estava ali pelos jovens, porque iriam passar mais dificuldades que aquelas que ele passou no tempo do Salazar.
Pergunta da jornalista - De onde vem?
Resposta do velhote - Sacavém.
Pergunta da jornalista - Sempre morou lá?
Resposta do velhote - Sim.
E acaba aqui. Foi com esta maravilhosa pergunta que ela acabou a intervenção promissora de um manifestante emocionado e com algumas coisas interessantes para dizer.
Escória do jornalismo mundial veio parar a Portugal.
realmente deixam muito a desejar...
ResponderEliminardeixam muitas perguntas por fazer, muitas respostas por obter. Acho mesmo que não estão preparados para isso. Estão quase em corpo presente. Mas acho que o mal é um bocado das televisões, que por tudo e por nada (mais pelo nada que pelo tudo) fazem uma reportagem em directo.
Cá para mim, alguns destes repórteres são estagiários e que não passam a prova do directo, porque nunca mais são vistos. (não são tão maus que se justifique serem abatidos, pois não?)
Não tenhas dúvida, o jornalismo em Portugal é de meter dó... Todos os dias ao ver o telejornal pergunto: Para fazer estas perguntas ridículas é preciso passar anos a estudar?!?!Será que eles pensam que nós, espectadores, somos tão limitados e idiotas que achamos isto normal?!?
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